Crônicas Passageiras

Em meio aos meios de transporte mais utilizados na maior metrópole brasileira, o cotidiano de paulistanos comuns é narrado neste livro através de crônicas e fotografias que registram a efemeridade do contato que os cidadãos têm – ou não têm – uns com os outros.
Efemeridade, passagem, recorte rápido da realidade, instantâneos – palavras que definem o leve espírito da crônica enquanto gênero, das crônicas deste livro e das imagens que, para usar metáfora cujo sentido se atualiza aqui, vão na mesma linha, ou no mesmo rumo, também em sentido contrário. São linhas, trilhos, caminhos, vias, calçadas, ruas, escadas: são passagens, captadas de passagem, e desculpem a redundância dos múltiplos sentidos.
Para ser um pouco mais exata: o sistema ferroviário, as linhas de ônibus, as ciclovias e até mesmo o engarrafamento da cidade são cenários das histórias escritas com palavras e imagens nesta obra.
Mas, ao contrário da obrigação de se transportar e ser transportado, faço um convite para passear comigo nas próximas páginas e, para isto, vou usar uma frase recortada do contexto terrível onde é constantemente proferida.

Autora: Ana Paula Faine